Existem diversos benefícios que podem ser proporcionados pela musicoterapia, como em casos de:
Doenças Cardíacas
Em um review publicado pela Cochrane Library, foi visto que
o simples ato de ouvir música pode melhorar as frequências cardíaca e respiratória, além da pressão sanguínea em pacientes com Doença Arterial Coronária, mesmo que
ainda sejam necessários mais estudos para comprovar a real eficiência e aplicabilidade de musicoterapia para pacientes dessa doença.
Transtornos Neurológicos
Apesar da musicoterapia já ter sido usada de maneira persistente para tratar diversos problemas psicológicos,
foi somente nos anos 1980 que pesquisas empíricas (que se apoiam em experimentos) começaram a ser feitas nesse campo.
Desde então, diversos estudos na área vêm sido desenvolvidos, levando em conta diversas patologias.
Até hoje, a musicoterapia se mostrou mais eficaz no tratamento de sintomas negativos, como a ansiedade e o isolamento.
AVC
A música age em diversas razões do cérebro,
razão pela qual se mostra tão efetiva no tratamento de vítimas de derrames.
Isso acontece porque a música é capaz de despertar emoções e estimular interações sociais, auxiliando na recuperação do paciente.
Demência
Por ativar tantas áreas do cérebro de maneira tão intensa a música serve como via terapêutica para tratar sintomas como a demência, tão comum em doenças como o mal de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.
Ao escutar música, o paciente ativa diversos padrões neuronais (sinapses) que não eram estimulados há muito tempo, fazendo com que a pessoa que está sofrendo com a demência “acorde”, de certa forma.
Amnésia
Alguns sintomas da amnésia foram amenizados através de diversas interações com a música,
seja quando o paciente toca algum instrumento, ou quando está passivo, somente ouvindo uma canção. Um caso famoso de paciente amnésico que se beneficia da música até os dias de hoje é o do musicólogo,
maestro e tenor Clive Wearing, em seu caso, Clive desenvolveu um severo caso de amnésia, adquirida após contrair encefalite causada por um vírus da herpes que atacava o seu Sistema Nervoso Central.
Mesmo com esse caso de amnésia, Clive ainda conseguia tocar piano e outros instrumentos e até reger uma orquestra. Apesar das memórias de acontecimentos simplesmente desaparecerem, memórias como a muscular continuam intactas,
o que faz com que Wearing consiga, inclusive, aprender novas músicas, esquecer que as aprendeu, e executá-las no piano posteriormente.
Afasia
Existe uma técnica usada por musicoterapeutas e fonoaudiólogos chamada Terapia da Entonação Melódica, que serve para ajudar pessoas com distúrbios de comunicação causados por danos no hemisfério esquerdo do cérebro.
A técnica busca envolver habilidades de canto, estimulando as regiões não danificadas do hemisfério direito a “aprenderem” a falar. Nessa técnica, frases comuns são transformadas em frases melódicas.
No início, o paciente fala quase que cantando e aos poucos vai reaprendendo a entonação típica e os padrões rítmicos comuns da fala do dia a dia.
Autismo
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é um transtorno que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, na interação e no comportamento social das crianças.
Apesar de não possuir cura e de suas causas serem incertas, crianças com autismo podem se beneficiar bastante da musicoterapia, pois a utilização de instrumentos pode servir como uma importante ferramenta para incentivar a comunicação e a autoexpressão,
trazendo qualidade de vida para o portador da condição.
Vida Social
A musicoterapia estimula o potencial criativo e a capacidade comunicativa, mobilizando aspectos psicológicos, biológicos e culturais.
Essa modalidade de musicoterapia busca empoderar grupos e possibilitar engajamentos, troca de experiências entre pacientes,
para que eles possam se organizar e realizar todos os enfrentamentos necessários para uma vida social de maior saúde.